A sustentabilidade está se tornando um tópico cada vez mais quente e cada vez mais complexo de se lidar, dadas as suas muitas facetas e aspectos. Para poder falar sobre ela de maneira informada, são necessárias habilidades adequadas e o domínio da terminologia correta. É exatamente por isso que criamos um "Glossário de Sustentabilidade". Como os termos são numerosos, decidimos dividi-lo em vários artigos: hoje discutiremos os conceitos gerais de sustentabilidade.
Acordo assinado por 194 países e pela UE com o objetivo de limitar o aquecimento global a menos de 2°C, dando continuidade aos esforços para limitá-lo a 1,5°C a fim de evitar as graves consequências das mudanças climáticas. Para atingir as metas do Acordo de Paris, os países devem estabelecer metas para seus esforços climáticos a cada cinco anos, aumentando seu nível de ambição ao longo do tempo.
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Um combustível de origem vegetal obtido de biomassa, geralmente de origem agrícola. As biomassas mais comumente usadas como biocombustíveis são o milho, o trigo, a beterraba e a cana-de-açúcar.
O ciclo do carbono é o processo pelo qual o carbono é trocado entre a atmosfera, os oceanos, o solo, as plantas e os animais. Esse ciclo natural é fundamental para a regulação do clima da Terra, pois o carbono pode ser encontrado em diferentes formas, como CO2 no ar ou carbonatos em sedimentos.
Tratado internacional estabelecido em 1992 durante a Cúpula da Terra no Rio de Janeiro com o objetivo de evitar a "interferência antropogênica perigosa" no sistema climático. Ele reúne quase todos os países do mundo e estabelece a base para a cooperação global sobre as mudanças climáticas.
Cúpula anual organizada pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) em que os países participantes negociam acordos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e combater a mudança climática. Durante a COP de 2015 em Paris, por exemplo, foi assinado o Acordo de Paris, um importante tratado internacional sobre o clima.
O dióxido de carbono é um gás de efeito estufa produzido natural e antropogenicamente, principalmente pela combustão de combustíveis fósseis (petróleo, carvão, gás natural). Ele é o principal responsável pelo aquecimento global, pois retém o calor na atmosfera. A redução das emissões de CO2 é fundamental para limitar a mudança climática.
Per refere-se à emergência climática global causada por atividades antropogênicas, como o consumo de combustíveis fósseis, o desmatamento e a agricultura intensiva. Os efeitos incluem o aumento das temperaturas, eventos climáticos extremos, derretimento das geleiras e acidificação dos oceanos.
O desmatamento é a destruição de florestas causada principalmente pela expansão agrícola, pecuária, extração de madeira e desenvolvimento urbano. Além de reduzir a biodiversidade, o desmatamento contribui para as mudanças climáticas, já que as florestas são uma importante fonte de mitigação, pois absorvem CO2 e produzem oxigênio.
Um processo de degradação do solo que leva à perda de fertilidade e, portanto, de vegetação, tanto espontânea quanto cultivada. É causado por uma combinação de fatores, incluindo mudanças climáticas, desmatamento e práticas agrícolas insustentáveis. Ameaça a segurança alimentar e o abastecimento de água em muitas regiões.
Um modelo econômico que promove o uso eficiente de recursos por meio da redução de resíduos, reutilização, reparo e reciclagem de produtos. Em contraste com a economia linear (pegar, fazer, descartar), a economia circular visa manter o valor dos materiais e produtos pelo maior tempo possível.
Uma economia que busca o desenvolvimento sustentável por meio da redução dos riscos ambientais e do impacto ecológico. Em uma "economia verde", o crescimento econômico está ligado à proteção ambiental, à melhoria do bem-estar humano e à equidade social.
Conjunto de práticas e tecnologias que visam a reduzir o consumo de energia e, ao mesmo tempo, manter ou melhorar o desempenho. Isso envolve a redução do desperdício e o aumento da eficiência dos sistemas de energia, por exemplo, por meio do uso de máquinas elétricas de alta eficiência, da produção de energia a partir de fontes renováveis e do isolamento de edifícios.
Emissões de dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), geradas principalmente por atividades humanas, incluindo agricultura e pecuária. As emissões agrícolas são provenientes principalmente do uso de fertilizantes químicos e da criação de gado.
Energia produzida a partir de fontes que se regeneram naturalmente e têm menos impacto ambiental do que os combustíveis fósseis. Exemplos são a energia solar, eólica, hidrelétrica e geotérmica. Seu uso é fundamental para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e combater as mudanças climáticas.
Organização das Nações Unidas preocupada com a segurança alimentar e a promoção de práticas agrícolas sustentáveis em nível global.
Um sistema de produção e distribuição que reduz o número de intermediários entre o produtor agrícola e o consumidor final, promovendo a compra de produtos locais e reduzindo as emissões relacionadas ao transporte.
Um movimento que enfatiza a importância da equidade nas políticas climáticas, reconhecendo que as mudanças climáticas afetam desproporcionalmente as comunidades mais vulneráveis, como as pessoas dos países em desenvolvimento, que são as que menos contribuíram para o problema, mas as que mais sofrem.
Um grupo das vinte maiores economias do mundo que se reúne para discutir questões econômicas globais, incluindo mudanças climáticas e políticas ambientais. Suas decisões podem influenciar significativamente as políticas climáticas globais.
O impacto ambiental refere-se aos efeitos que uma atividade ou projeto tem sobre o ambiente natural. Ele pode ser positivo ou negativo e inclui aspectos como poluição do ar e da água, perda de biodiversidade, uso de recursos naturais e geração de resíduos. A avaliação do impacto ambiental é essencial para gerenciar e reduzir os efeitos negativos sobre o planeta.
A pegada digital refere-se ao impacto ambiental do uso de tecnologias digitais, como a energia consumida por servidores que hospedam dados ou o ciclo de vida de dispositivos eletrônicos. Ela também inclui a geração de lixo eletrônico e a poluição associada.
Indicador que mede o impacto das atividades humanas no meio ambiente, representado pela quantidade de recursos naturais usados para sustentar nosso modo de vida, inclusive a produção agrícola.
Termo que designa a aquisição de grandes áreas de terra por governos ou empresas privadas, geralmente em países em desenvolvimento. Essas aquisições podem prejudicar os direitos das comunidades locais, causando perda de acesso aos recursos naturais e contribuindo para problemas como desmatamento e insegurança alimentar.
O termo refere-se a países que abrigam uma grande porcentagem da biodiversidade do mundo. Esses países, como o Brasil e a Indonésia, têm ecossistemas extremamente ricos e diversificados, mas são frequentemente ameaçados por atividades humanas, como o desmatamento e a exploração de recursos naturais.
No contexto climático, a mitigação refere-se aos esforços para reduzir ou evitar as emissões de gases de efeito estufa, ajudando a desacelerar as mudanças climáticas. As estratégias de mitigação incluem a adoção de energia renovável, o aumento da eficiência energética e o reflorestamento.
Acordo internacional adotado em 1997 que obriga os países industrializados a reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Foi o primeiro tratado desse tipo e estabeleceu a base para acordos subsequentes, como o Acordo de Paris de 2015.
O aumento da temperatura média global é causado principalmente pelo aumento das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera devido às atividades humanas. Esse fenômeno é responsável por eventos climáticos extremos, derretimento de geleiras e aumento do nível do mar.
Segurança alimentar é a condição na qual todas as pessoas, em todos os momentos, têm acesso físico, social e econômico a alimentos suficientes, seguros e nutritivos para atender às suas necessidades nutricionais e preferências alimentares, possibilitando uma vida saudável e ativa.