De modo geral, foi demonstrado que uma combinação de lavoura mínima, cobertura constante do solo e rotações frequentes contribui para o aumento do carbono do solo, um fator essencial para a saúde do solo.
Portanto, uma prática muito difundida e eficaz na agricultura regenerativa é a das culturas de cobertura ou culturas de cobertura. Essas culturas, cultivadas não para fins comerciais, mas por sua contribuição para melhorar a saúde do solo, podem ser gerenciadas de diferentes maneiras.
A abordagem mais comum envolve cortar e depois enterrar a biomassa vegetal, seguindo a prática de adubação verde. Um manejo alternativo das culturas de cobertura envolve oacamamento da biomassa por meio do uso de um roller crimper, uma máquina que consiste em um rolo moldado que esmaga e quebra os caules. Essa prática permite reduzir o uso de herbicidas e aproveitar ao máximo as culturas de cobertura. Para que essa prática seja eficaz, é essencial intervir no momento certo, geralmente durante a fase leitosa da maturação da espiga. Dessa forma, as plantas não se elevarão e a relação carbono/nitrogênio será respeitada, evitando que a próxima cultura, mais exigente, entre em deficiência de nitrogênio devido aos processos de decomposição dos resíduos.
No que diz respeito à fertilização, os distribuidores de fertilizantes de precisão podem ser usados para aplicar fertilizantes de forma direcionada e controlada, reduzindo o risco de excesso e minimizando o impacto ambiental.
De modo geral, a agricultura de conservação favorece a redução das passagens pelo campo, o que se traduz em uma redução do consumo de energia, mas, acima de tudo, em uma redução da compactação e da interferência no solo. Com base nesses princípios, o uso de máquinas combinadas torna-se estrategicamente importante. Uma máquina combinada é uma máquina capaz de realizar várias funções em uma única passagem, sendo composta por uma combinação de diferentes elementos. As máquinas combinadas geralmente envolvem a capacidade de trabalhar o solo e semear sementes em uma única passagem; um exemplo disso é a semeadora que já discutimos, mas também há máquinas mais complexas capazes de realizar aeração, preparo da superfície, semeadura e rolagem. Ao mesmo tempo, também estão surgindo no mercado soluções voltadas para o preparo do solo que combinam a funcionalidade de um subsolador e de um cultivador.
Outro elemento que deve ser levado em consideração é o efeito diferente das máquinas sobre rodas e sobre esteiras no solo. Em geral, a escolha entre os dois tipos está ligada a elementos estruturais, como a área da superfície, a inclinação e o tipo de textura do solo. No entanto, há outros fatores que podem ser levados em consideração: no caso da máquina sobre esteiras, a superfície de contato é maior, de modo que a carga de peso é distribuída de forma mais uniforme, reduzindo o efeito da compactação em comparação com um trator de rodas clássico. Por outro lado, no entanto, a esteira tem uma velocidade de trabalho reduzida e não pode ser conduzida na estrada, a menos que seja combinada com uma sola de proteção de borracha. Para superar essa limitação e, ao mesmo tempo, beneficiar-se da redução da compactação do solo, há um meio-termo na forma de tratores de rodas com rodas acopladas. Com o acoplamento de dois ou mais pneus e a redução da pressão dos pneus, é possível minimizar a compactação do solo aumentando a área da superfície de contato e melhorando a estabilidade até o nível das esteiras.
A possibilidade de adotar práticas agrícolas regenerativas está intimamente ligada à disponibilidade de maquinário adequado. De fato, como vimos, muitas vezes trata-se de maquinário específico que raramente faz parte da frota das fazendas, muito menos está disponível no nível do subcontratado. Levando em conta essas limitações e, ao mesmo tempo, reconhecendo a importância da adoção de práticas agrícolas regenerativas, seria ideal investir na criação de redes de agricultores para disponibilizar maquinário.